Habitação a preços acessíveis é “uma política económica” essencial para a competitividade da EU
18 de junho, 2025
Quem o afirmou foi Ioannis Tsakiris, vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI) no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, em França, onde alertou que o problema atual da habitação é um “constrangimento ao crescimento”.
“Investir em habitação a preços acessíveis não é apenas uma política social, é uma política económica, uma política climática e de competitividade”, afirmou o vice-presidente do BEI.
O responsável referiu ainda que “quando os estudantes recusam universidades por falta de casas, perdem-se talentos, quando os trabalhadores essenciais não podem viver perto dos seus empregos, perde-se capacidade”.
Ioannis Tsakiris admitiu também que “quando as famílias têm de viver longe das escolas e dos locais de trabalho, perdemos coesão […], enfraquecemos a comunidade e os valores”.
Perante um grupo de eurodeputados da Comissão Especial para a Crise Habitacional da UE, o vice-presidente do BEI apresentou vários programas que a instituição está a apoiar, incluindo em Portugal.
“Em Portugal, aprovámos na semana passada um programa de investimentos de 1.000 milhões de euros, um dos maiores de sempre”, sustentou.
Resolver a crise habitacional que é transversal na União Europeia é necessário, uma vez que é um “constrangimento ao crescimento” socioeconómico, advertiu Ioannis Tsakiris.
"A crise habitacional é real, mas não tem de ser inevitável", assumiu, dirigindo-se aos europarlamentares.