
A Casa de São Pedro do Corval
398 000 €

398 000 €
1 442 €/m²
5quartos
3casas de banho
276,0 m²Área bruta
Descrição
Em plena vila Alentejana, com 276m2 de área edificada e implantada num lote de 303m2, distribui-se de forma inteligente e funcional, ao longo de 2 pisos: r/c com 5 divisões assoalhadas e 2 casas de banho, sendo uma delas exterior e 1º andar com 3 assoalhadas, 1 casa de banho, um terraço com vista para os montes alentejanos e uma varanda para a praça da Igreja.
DO LOCAL
A casa situa-se na pequena aldeia de São Pedro do Corval, terra da cerâmica alentejana por excelência, e a poucos minutos de Monsaraz, vila medieval muralhada, plantada no alto de uma colina.. Ali, o tempo parece deter-se entre muralhas, ruínas romanas, memórias mouriscas e o traçado encantado das ruelas calcetadas. Do alto do castelo, avista-se o Alqueva — o maior lago artificial da Europa — que transforma a paisagem num espelho de luz e silêncio. E do outro lado do espelho, já em terras de Espanha, quase se alcança com os olhos a aldeia fronteiriça de Vila Nueva del Fresno, a apenas 20 quilómetros de distância.
O território em volta é de uma riqueza arqueológica notável, com dezenas de monumentos megalíticos — antas, menires, cromeleques — a pontuar os campos com testemunhos de civilizações que ali viveram e adoraram a terra. Um desses lugares mágicos é a Rocha dos Namorados, onde as raparigas da região atiravam pedras na esperança de saber quando iriam casar. Cada pedra que ficasse no topo do penedo correspondia a um ano de espera. E mesmo quem não acredita em lendas, não sai indiferente à força telúrica deste rochedo ancestral.
A casa partilha dessa energia antiga, com vista ampla para as estrelas, sossego profundo e luminosidade rara — tudo o que se deseja quando se busca refúgio, reinício, ou simplesmente paz.
DO ESPÍRITO DO LUGAR
Mais do que uma casa, este é um espaço de memória e de encantamento. As pedras antigas contam histórias. As árvores dão fruto e sombra. O silêncio é habitado por mil subtis murmúrios — do vento, dos pássaros, do tempo que aqui se demora com mais vagar. E a tradição ancestral de mestria oleira remete para tempos imemoriais. E continua viva. Actualmente, São Pedro do Corval tem mais de vinte olarias de fabrico artesanal, que representam a maior concentração de olarias em Portugal e uma das maiores na Península Ibérica.
Ideal para quem procura reencontro com a natureza, inspiração para criar, tempo para viver devagar. A localização oferece o melhor de dois mundos: o isolamento criador e a proximidade de centros históricos e culturais, como Reguengos, Évora ou mesmo Badajoz, do lado de lá da fronteira.
Esta casa é mais do que apenas imóvel. Move quem nela habita — por dentro.
LENDA DA CASA
Gravada na pedra da entrada, uma data: 1698.
Na pacata aldeia de São Pedro do Corval, diz-se que esta é a mais antiga — ou uma das mais antigas — habitações do povoado.
A lenda local conta que a Igreja de São Pedro, mesmo defronte da casa, foi erguida com o tesouro deixado ao cuidado de um simples sapateiro, antigo proprietário desta moradia. No final do século XVII, principio do século XVIII o homem terá acolhido dois italianos "fugidos da guerra". Qual guerra? A memória oral não o guarda.
O que se guarda é isto: os dois forasteiros, cujos rostos se crê reconhecer esculpidos no frontão da Igreja, partiram subitamente, deixando ao sapateiro uns modestos sacos, com promessa de regresso. Mas nunca mais voltaram.
Quando, passado muito tempo, o bom homem abriu os sacos, encontrou ali ouro, prata e jóias fulgurantes. Em vez de os guardar para si, decidiu financiar a construção da igreja.
Diz-se que foi também nesse tempo que a casa terá ganho o seu segundo piso, com a pequena varanda em ferro forjado que ainda hoje guarda a vista sobre a praça e a Igreja.
A RECONSTRUÇÃO
Adquirida em 2016, a casa foi inteiramente renovada, respeitando a traça original. Materiais da terra – as célebres baldosas – foram utilizadas para a recobrirem o chão, no rés-do-chão da casa e no jardim terraço, onde também se pode ver um belíssimo “tapete” de azulejos hidráulicos, produzidos numa muito antiga oficina de Estremoz de acordo com os métodos mais arcaicos. Os números 11 e 13, agora unidos, formam um todo harmonioso — mas com possibilidade de se tornarem independentes.
O terraço-jardim nas traseiras tem potencial para incluir uma pequena piscina, no antigo espaço da pocilga. Tornou-se uma espécie de arrecadação e estendal mas tem potencial para vir a cumprir outras funções, pois tem ampla exposição solar assim como o conjunto de telhados onde podem ser colocados painéis solares. Há água, casa de banho exterior, forno a lenha e um poço.
No terreno exterior, que entretanto se encontrava completamente abandonado às plantas silvestres e à derrocada de alguns telhados, mantiveram-se elementos centrais:
– a oliveira antiga, com mais de cinquenta anos, que ainda dá azeitonas de sabor firme
– a limeira vizinha, que se cobre de fruto todos os anos.
– uma nespereira que na Primavera se enche de nêsperas e abriga numerosos pássaros.
– outros pequenos frutos e flores, que foram plantados com cuidado.
Agora estamos abertos de segunda a domingo, venha visitar-nos!
Casas São Paixões!
Detalhes
Equipamento
Localização
